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15/08/2022

Tecnisa reduz prejuízo líquido na comparação anual, para R$ 9,3 milhões (Valor Econômico)

A receita líquida da empresa somou R$ 40,6 milhões, queda de 38% na comparação anual

No segundo trimestre, a incorporadora Tecnisa reportou prejuízo líquido de R$ 9,3 milhões, melhora de 83% sobre o valor apresentado no mesmo período de 2021, mas um aumento de 32,5% na comparação com o prejuízo acumulado no primeiro trimestre deste ano.

Também houve recuperação no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), que foi de R$ 1 milhão, ante resultado negativo de R$ 39 milhões há um ano. A margem Ebitda ficou em 1,6%, melhora sobre os 59,1% negativos apresentados no segundo trimestre de 2021.

 

A receita líquida da empresa somou R$ 40,6 milhões, queda de 38% na comparação anual.

A margem bruta ficou em 5%, metade do reportado no segundo trimestre do ano passado.

A companhia teve consumo de caixa de R$ 25,3 milhões entre abril e junho, redução de 83,3% sobre o total de queima de caixa registrado há um ano.

Segundo Fernando Tadeu Perez, presidente da companhia, a meta é atingir o “break even” (ponto de equilíbrio financeiro) até o final do ano. Uma das medidas adotadas para isso foi demitir 30% da equipe em dezembro, afirma o executivo.

 

A Tecnisa somou vendas líquidas de R$ 89 milhões no segundo trimestre, alta de 79% na comparação com o mesmo período do ano passado. A velocidade de venda foi de 11%, alta de 1 ponto percentual. A companhia não lançou no primeiro semestre.

Perez ressalta que a companhia já fez um lançamento neste mês, no bairro da Saúde, em São Paulo, e deve ter ao menos outros dois lançamentos no ano: duas novas torres no Jardim das Perdizes e um projeto de alto padrão nos Jardins. “Vamos lançar mais neste ano do que no ano passado”, afirma.

Para o futuro, a Tecnisa tem o plano de construir mais 13 torres no Jardim das Perdizes, para completar o projeto. Para isso, porém, aguarda novo leilão dos Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) da prefeitura paulistana. “A Tecnisa ficou esperando os Cepacs e parou, e [incorporação] é igual andar de bicicleta, se você para de pedalar, cai”, diz o presidente

 

Para retomar o ritmo de novos projetos -- há potencial para chegar a R$ 1 bilhão em lançamentos ao ano, afirma o executivo -- a empresa planeja ainda ampliar o escopo dos seus lançamentos, que são mais focados no médio-alto padrão. “Daqui para frente, estamos abertos e atrás de bons negócios”, diz Perez. Segundo ele, a empresa pode fazer retrofit (reforma de prédios antigos) e condomínios de casas em cidades próximas a São Paulo, entre outros projetos. “O céu é o limite”. 

 

Matéria publicada em 13/08/2022 

FONTE: VALOR ECONôMICO