O Mercado de capitais no Brasil evoluiu muito nos últimos cinco anos, segundo o CEO da B3, Gilson Finkelsztain, durante evento da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Segundo o executivo, "houve uma grande evolução na distribuição de ativos, na forma como o setor financeiro vem se estruturadno e sofisticando".
Para Finkelsztain, houve nos últimos anos “uma combinação de tecnologia, como a do celular, que possibilita fazer investimentos na palma da mão, e uma maior educação financeira". Além disso, maior estabilidade macroeconômica no longo prazo, comparado a um passado de seguidos planos econômicos até o fim dos anos 1990, "trouxe aumento do numero de efetivo de investidores que é o que a gente precisa para uma agenda de democratizalão do mercado de capitais, para diminuição do custo de funding e para trazer mais investimentos ao Brasil".
A recente evoluição do mercado de capitais permite a diversificação de funding para o crédito imobiliário. "O estoque combinado de LIGs LCIs e CRIs saiu de R$ 200 bilhões para R$ 600 bilhões em alguns anos. Além disso, o número de investidores em fundos imobiliários saltou de 200 mil há dois anos para mais de 2 milhões atualmente." Ele usou ós dados como exemplo do desenvolvimento das fontes de captação privada para o setor.
O executivo também mostrou otimismo para o mercado no segundo semestre. "Começamos um ano de 2023 difícil com muitas dúvidas tanto no cenário local quanto no internacional. Não foi um bom início de ano por conta das incertezas que havia no horizonte. A gente começa um segundo semestre reduzindo as incertezas. Estamos prestes a deixar para trás um aperto monetário que é sempre muito cruel, mas necessário. A queda de taxas de juros erá possível pelo rigor da poltica monetária e pela mensagem de disciplina fiscal.”