A incorporadora Tenda registrou no segundo trimestre prejuízo líquido de R$ 10,5 milhões, valor 90,8% menor do que o prejuízo no mesmo período de 2022, e melhora de 74,9% sobre o primeiro trimestre deste ano.
O dado inclui tanto a marca Tenda quanto a Alea, de casas populares. Ao contar apenas a Tenda, houve lucro líquido de R$ 2,7 milhões, ante prejuízo de R$ 91,8 milhões há um ano.
“A tendência aponta para uma retomada da rentabilidade já agora no segundo semestre”, afirma o diretor-financeiro Luiz Mauricio Garcia.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) do consolidado da companhia somou R$ 25,1 milhões, alta de 142,4% em um ano. A margem Ebitda foi de 3,5%, crescimento de 13 pontos.
A receita líquida da Tenda atingiu R$ 710,5 milhões, alta de 13,3% em um ano. A margem bruta aumentou 7,2 pontos no período, para 19,4%.
Entre abril e junho, a Tenda elevou seus lançamentos em 23,1% ante o segundo trimestre de 2022, para R$ 963,7 milhões, e as vendas líquidas cresceram 31,3%, para R$ 758,5 milhões.
A companhia apresentou geração de caixa de R$ 129 milhões, com geração de caixa operacional de R$ 180 milhões, seu recorde histórico, puxada pela melhora operacional e pela venda de recebíveis pró-soluto (pagamentos que ainda serão feitos pelos clientes).
A relação entre dívida líquida corporativa e patrimônio líquido da incorporadora foi de 42% no segundo trimestre, aumento de 9 pontos percentuais em um ano, mas redução de 25 pontos sobre o primeiro trimestre de 2023.
A Tenda também reportou queda nos desvios de custo, problema que a atinge desde a pandemia. Houve queda de 66% em relação ao primeiro trimestre. “Era tema de preocupação no mercado, mas não devemos ter mais nada material”, diz Garcia.
No semestre, a companhia soma prejuízo líquido de R$ 52,4 milhões, valor 71,2% menor do que há um ano. A receita líquida cresceu 12,7%, para R$ 1,36 bilhão. O Ebitda foi de R$ 57,9 bilhões, alta de 182,4%. A margem bruta cresceu 4,8 pontos, para 19,9%.
A Tenda divulgou também que suas vendas em julho ficaram 17% acima da média mensal do primeiro semestre.
O aumento do teto para as faixas do Minha Casa, Minha Vida ajudou a elevar o preço médio da unidade vendida, que ficou em R$ 210 mil em julho, ante R$ 203,3 mil no segundo trimestre.
A Tenda divulgou guidance para o ano, com previsão de margem bruta ajustada de 24% a 26% e R$ 2,7 bilhões a R$ 3 bilhões em vendas líquidas. Também projetou de 1,5 mil a 2 mil novas unidades da Alea no ano. Em 2022, foram apenas 401.