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09/08/2016

Total de famílias endividadas cai em SP, mas nível de inadimplência sobe

Em números absolutos, o total de famílias com contas atrasadas atingiu 666 mil.

Em julho, a proporção de famílias paulistanas endividadas foi de 49,2% do total, número praticamente estável em relação a junho (49%), mas 4,1 pontos menor que o do mesmo período do ano passado, quando 53,3% declararam possuir algum tipo de dívida. É a terceira queda consecutiva na comparação anual, de acordo com os números da pesquisa divulgada pela FecomercioSP.

Em números absolutos, o total de famílias com algum tipo de dívida passou de 1,881 milhão de junho para 1,893 milhão em julho. Em julho de 2015, esse número era de 1,913 milhão.

A queda no número de famílias endividadas ocorreu por causa do recuo nas concessões de crédito e do comportamento mais retraído do consumidor.

O endividamento continua maior entre as famílias com renda inferior a dez salários mínimos, onde 51,8% afirmaram estar nestas condições em julho, elevação de 0,2 ponto porcentual na comparação com junho. Já entre as famílias que recebem mais de dez salários, a parcela de endividados foi de 41,8%, retração de 0,6 ponto no período.

A pesquisa revelou ainda que, em julho, 37,4% das famílias afirmaram ter sua renda comprometida com dívidas por mais de um ano (ante 40% em julho de 2015); 22,9% possuem débitos com prazos de até três meses (sendo que em julho do ano passado eram 17,1%); 19,7% entre três a seis meses (20,8% em julho de 2015); e 18,2% entre seis meses e um ano (19,2% em julho de 2015).

Em julho, 17,3% das famílias paulistanas afirmaram estar com as contas em atraso, queda de 0,3 ponto em relação ao mês anterior. No comparativo com o mesmo período do ano passado, o indicador apresentou alta de 2,8 pontos. Em números absolutos, o total de famílias com contas atrasadas atingiu 666 mil.

Entre as famílias inadimplentes, 50,9% delas afirmaram ter débitos vencidos há mais de 90 dias; 24,6% têm compromissos atrasados entre 30 e 90 dias; e 24,3% estão com dívidas vencidas por até 30 dias.

Assim como o endividamento, a inadimplência também é maior nas famílias com menor renda. Entre as que ganham até dez salários mínimos, 20,5% estão com contas atrasadas. Já entre aquelas que ganham mais de dez salários mínimos, 9,3% afirmaram ter dívidas vencidas em julho.

Em julho, 7,3% das famílias disseram que não teriam condições de pagar total ou parcialmente suas contas no mês seguinte. Esse porcentual era de 5,6% no mesmo período de 2015. Em números absolutos, existem 282 mil famílias que estão nessa situação. 

FONTE: VALOR ONLINE