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25/04/2022

Tradicional no interior paulista, HM chega à Grande São Paulo

Maior empreendimento da empresa será lançado no Jaguaré, em 2023

Depois de décadas de atuação no interior paulista, principalmente na região de Campinas, o mercado imobiliário da Grande São Paulo atraiu a HM Engenharia. A incorporadora controlada pela Mover Participações, holding de negócios do ex-grupo Camargo Corrêa, desde 2008, chega em maio com vários projetos para saírem da prancheta.

Com 46 anos de fundação, a empresa é especializada no segmento popular, com 60% de suas unidades enquadradas no programa Casa Verde e Amarela

A HM estreia com lançamento de um empreendimento na vizinha cidade de Osasco, o Smart Osasco, com 330 unidades. Ainda para este ano estão previstos mais quatro empreendimentos na região metropolitana, informa André Leitão, CEO da empresa. Outros quatro projetos estão planejados para 2023.

Ao mesmo tempo, até o fim do ano, 12 projetos devem ser lançados no interior, nas regiões de Ribeirão Preto, Campinas e São José dos Campos, diz o executivo.

HM Engenharia almeja ampliar o volume de lançamentos, de R$ 530 milhões em 2021, para R$ 1,2 bilhão neste ano

A empresa está confiante que haverá demanda pelos imóveis. O executivo lembra que há um déficit habitacional no país de 7 milhões a 8 milhões de residências e entram no mercado, a cada ano, mais 800 mil consumidores.

Leitão assumiu o comando da empresa em maio de 2021. No mesmo semestre, o fundador do negócio deixou a empresa. O avanço da HM para a região metropolitana de São Paulo tem relação com esse novo momento. “A Mover, dentro do seu portfólio, definiu a ambição para a HM de ser uma das grandes ‘players’ do setor econômico”, afirma.

No Casa Verde e Amarela, a empresa atua principalmente na faixa 2, para famílias que ganham até R$ 4 mil mensais. Os 40% de unidades acima do programa custam até R$ 500 mil e são voltados para famílias com renda de até 15 salários mínimos.

Segundo o executivo, o custo mais elevado dos terrenos em São Paulo, na comparação com o interior, será compensado por prédios mais verticalizados e público mais amplo e com renda também mais elevada, o que deve garantir velocidade de venda maior.

O sistema de construção industrializado facilita o ganho de escala e a diluição de custos, segundo Leitão. “Buscamos o menor custo de construção possível”.

No segundo trimestre de 2023 devem ser lançados os primeiros dois condomínios de um empreendimento no bairro do Jaguaré, o maior já realizado pela empresa. Serão 2.903 unidades, para a faixa 2 do Casa Verde e Amarela. Outros lançamentos deverão ocorrer em Suzano, Mogi das Cruzes e nos bairros da Freguesia do Ó, Barra Funda e Guaianazes.

A HM almeja ampliar o volume de lançamentos, de R$ 530 milhões registrados em 2021, para R$ 1,2 bilhão neste ano. “Comparado com 2021, queremos chegar a 2024 três vezes maiores, com valor geral de venda (VGV) de lançamentos entre R$ 1,3 bilhão e R$ 1,5 bilhão”, diz o CEO.

Após essa etapa, a empresa vai avaliar a expansão nacional - além do Estado de São Paulo, tem empreendimentos apenas no sul de Minas, em Extrema. Uma oportunidade que surgiu e foi aproveitada, ressaltou o executivo.

Ele deixa em aberto a possibilidade de a empresa ter novos sócios ou mesmo abrir capital no futuro. “A governança [da HM] está 80% preparada para ter outros investidores, privados ou em oferta pública. Vamos estar preparados, mas vai depender das condições de mercado e da orientação do acionista”, diz.

Outro lançamento da incorporadora previsto para o mês de maio será a plataforma virtual Estelar, um canal de comunicação da companhia com seus clientes. Nela, será possível acompanhar o andamento das obras e obter o projeto dos apartamentos decorados, por exemplo.

O plano da HM é que a Estelar também seja marketplace de móveis, serviços para a casa e comércio da região dos seus empreendimentos. Em fevereiro, foi firmada uma parceria com a Dotz, e as compras feitas na Estelar acumularão pontos.

A plataforma será aberta para quem não tem um imóvel HM, e os pontos poderão ser usados para complementar o valor de um novo imóvel da incorporadora, mantendo a ligação da empresa com o cliente.

“Nossa intenção é que com os pontos acumulados por anos, o comprador tenha pontuação para, junto com seu apartamento atual, conseguir comprar metade ou 70% de um imóvel novo e financiar a diferença”, diz Leitão.

Segundo a HM, todas as funcionalidades da Estelar devem estar em operação até o fim do ano.

Matéria pubçicada em 25/04/2022

FONTE: VALOR ECONôMICO