Com a taxa Selic em 4,5% e perspectiva de mais queda, o juro real no Brasil aos poucos se aproxima de zero e inaugura uma nova era de criação de valor para o nosso país.
Empresas terão cada vez mais acesso a capital de baixo custo para financiar suas operações. Ao mesmo tempo, as pessoas conseguirão consumir mais pagando menos juros. Um verdadeiro ciclo virtuoso de crescimento e geração de riqueza.
Se de um lado esse movimento premia o capital produtivo e o consumo, de outro prejudica fortemente um comportamento que se tornou cultural no Brasil: o sedentarismo financeiro, conhecido pelo dinheiro preguiçoso que busca bons lucros sem correr praticamente nenhum risco.
Em 2016, bastava investir em uma renda fixa garantida pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), no Tesouro Direto ou em um fundo DI de baixíssimo risco para ter rendimentos próximos de 1% ao mês. Era só ter “saído da poupança” para se considerar um bom investidor.
Talvez por isso, menos de 1% da população brasileira invista hoje diretamente em ações, enquanto a média dos países emergentes está em torno de 5% e nos EUA esse número supera os 30%. Ao mesmo tempo, enquanto você lê este texto os brasileiros ainda têm mais de R$ 845 bilhões guardados na poupança.
O jogo mudou e quem não estiver disposto a transformar a forma como investe (e como pensa) não só deixará de ver seu dinheiro render, como também perderá as excelentes oportunidades que estão surgindo no horizonte.
Para ajudá-lo nessa “metamorfose financeira”, listamos três conselhos que serão úteis para investir melhor não só neste ano, mas provavelmente na(s) próxima(s) década(s):
3) Tenha visão de longo prazo: não existe nenhuma conquista real na vida ou nos investimentos que ocorra no curto prazo. Diminua suas expectativas em relação aos próximos dias e meses e sonhe grande para os próximos anos e décadas. Não deixe que a turbulência e o bombardeio diário de informações do mundo a sua volta te leve aos falsos atalhos do medo e da ganância. Por melhor que sejam seus investimentos, existirão meses e até anos em que eles poderão se comportar diferente do que você esperava.
A jornada será longa, exigindo resiliência e serenidade, principalmente nos momentos mais difíceis. Isso vale para a sua carteira de ações, mas também para sua carreira, relacionamentos e empreendimentos.