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07/10/2024

Vacância de escritórios cai em SP, 3ª cidade que mais absorveu área (Valor Econômico)

Mercado de lajes corporativas da capital paulista já locou mais áreas até o terceiro trimestre do que em todo o ano de 2023

A taxa de vacância de escritórios em São Paulo continua caindo. O terceiro trimestre foi encerrado com taxa de 19,3%, recuo de 0,5 ponto percentual e o menor valor em três anos, apontam dados da consultoria imobiliária CBRE. Considerando apenas os edifícios de alto padrão, denominados “triple A”, ou “AAA”, a taxa é de 17%, estável ante o último trimestre.

 

A absorção líquida, indicador que subtrai a área devolvida pelas empresas dos novos espaços que foram locados, ficou em 86 mil m2, 11% menos do que no segundo trimestre deste ano, mas alta de 50% ante o terceiro trimestre de 2023. No ano, essa diferença chega a 347 mil m2, o que representa 125% da absorção líquida em 2023.

A CBRE também divulgou estudo que relaciona o mercado de escritórios de São Paulo com o de outras 20 capitais do mundo.

 

A capital paulista foi a terceira em absorção líquida, na comparação proporcional ao tamanho do estoque de lajes corporativas em cada região. O período analisado vai do terceiro trimestre de 2023 até o segundo trimestre deste ano. Só perde para Tóquio e Pequim.

 

As capitais asiáticas se destacam, seguidas por centros latino-americanos - a lista também inclui a Cidade do México. Felipe Giuliano, diretor de locação e pesquisa da CBRE, afirma que as grandes cidades da Ásia tiveram a volta mais rápida ao escritório, após a pandemia, por um traço cultural e também porque há mais casas pequenas, o que dificulta um trabalho de casa com qualidade.

 

É a mesma razão para a volta rápida no Brasil. Capitais europeias e americanas só aparecem a partir da nona posição na absorção líquida, com Madri, na Espanha.

São Paulo vai para a última posição da fila quando o tema é preço em dólar por “pé quadrado” (medida americana). No terceiro trimestre, a média da cidade foi de R$ 170 por metro quadrado. Para Pedro Seixas Trani, gerente nacional de ocupantes da CBRE, é reflexo da desvalorização do real, mas pode ser uma oportunidade. “É atrativo para multinacionais, fica competitivo”.

 

São Paulo figura em oitavo lugar entre as cidades com mais entrega de novos escritórios. Giuliano destaca que as cinco primeiras cidades são asiáticas, encabeçadas por Xangai. Fora dessa região, Berlim e Amsterdã tiveram mais entregas que São Paulo.

O volume de novas áreas tende a aumentar. Segundo ele, a média de entrega de escritórios em São Paulo foi de 200 mil m2 por ano, de 2016 a 2023. Já de 2024 a 2026 são esperados 300 mil m2 anuais.

FONTE: VALOR ECONôMICO