O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou que usará os recursos captados com as parcerias que suas subsidiárias têm feito e com a possível abertura de capital dos braços de cartões e seguros do banco para pagar dívida e para expandir as carteiras de crédito imobiliário e de infraestrutura.
"O primeiro passo é pagar dívida. Não podemos ter uma dívida de vencimento e não pagar. Além disso, queremos continuar crescendo a carteira [de crédito] em alguns segmentos específicos, como crédito imobiliário e para infraestrutura" afirmou ele, destacando que "o movimento de expansão do crédito é algo que já vem acontecendo e que não depende desses recursos para continuar".
A dívida à qual Guimarães se refere é o ICHD (Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida), adotado entre 2007 e 2013 para permitir que o banco aumentasse sua oferta de crédito sem que o seu controlador (a União) tivesse que capitaliza-lo com recursos próprios.
Além das duas joint ventures já anunciadas para a Caixa Seguridade —uma com a Tokio Marine, para vender seguro habitacional e residencial e outra com a Icatu Seguros, para capitalização— o banco também projeta outras quatro parcerias para a Caixa Cartões ainda neste ano —duas delas também formando novas sociedades. O presidente do banco afirmou, ainda, que o IPO do braço de seguros deve sair em breve, mas não cravou uma data.
Para o crédito imobiliário, carro-chefe da Caixa, Guimarães afirma ainda que o lançamento da linha prefixada será nos próximos meses e que as taxas de juros serão abaixo de 10%.
Ele destaca, também, que o financiamento de imóveis atrelado ao IPCA garantirá a securitização de parte da carteira do banco.
Outra linha que a Caixa também deve focar seus esforços é no microcrédito. O objetivo, segundo Guimarães é alcançar os 30 milhões de clientes e proporcionar uma forte redução dos juros na modalidade