A venda de cimento avançou 3,3% no país em agosto, na comparação com o mesmo mês de 2023, conforme dados do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic). Foram comercializadas 6,2 milhões de toneladas do material.
De janeiro a agosto, a venda de cimento soma 43 milhões de toneladas, alta anual de 3,1%. Já o acumulado dos últimos 12 meses teve crescimento de 2%, para 63,46 milhões de toneladas.
Em julho, o Snic cortou sua previsão de aumento nas vendas do cimento no ano, de 2,4% para 1,4%.
No indicador de despacho de cimento por dia útil, houve aumento de 5,6% em agosto, ante o mesmo mês do ano passado, para 252 mil toneladas. Em relação a julho deste ano, o aumento é de 7,7%.
No acumulado de 2024, até agosto, todas as regiões do país venderam mais cimento. O maior aumento ocorreu na região Norte, de 14,3%, e o menor na Sul, com leve alta de 0,8%.
Paulo Camillo Penna, presidente do Snic, afirma, em nota, que o segmento imobiliário residencial deve continuar sendo o protagonista do consumo de cimento no país, impulsionado pelo programa Minha Casa, Minha Vida. Já o setor de saneamento e infraestrutura deve ganhar mais espaço a partir do próximo ano, com a retomada de leilões e editais de concessão, segundo ele.
No entanto, a entidade afirma que os cortes orçamentários no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) “elevam as incertezas da indústria do cimento em relação à execução dos investimentos em infraestrutura”.
Outra preocupação é o anúncio de acréscimo na conta de energia no país, por causa da falta de chuvas. A estiagem pode ter efeitos tanto sobre os custos de produção quanto sobre a logística do setor, principalmente na região Norte, a que teve o maior aumento no volume de vendas neste ano.