Segundo dados do sindicato que representa produtores de cimento no país, Snic, no acumulado do ano até julho, as vendas do insumo mostram evolução de 6,5% sobre o mesmo período de 2019, para 32,96 milhões de toneladas.
Em julho, todas as regiões do país mostraram crescimento no comparativo anual, com destaque para alta de quase 32% no Nordeste e expansão de 24,6% no Centro-Oeste. No Sudeste, as vendas subiram 14%, no Sul 12,6% e no Norte 21,7%.
O Snic afirmou que a autoconstrução (reformas) e obras do setor imobiliário residencial respondem por aproximadamente 80%da demanda por cimento no país.
"No caso da autoconstrução, o fato dos lares se transformarem ao mesmo tempo em local de trabalho e de lazer somado ao aumento da permanência das pessoas nesses espaços despertou a vontade em promoverem pequenas melhorias em suas casas", afirmou a entidade em comunicado.
O Snic citou ainda que micro e pequenas empresas também executaram reformas em seus estabelecimentos para se prepararem para a retomada das atividades. A entidade citou que as vendas de lojas de materiais de construção seguem em alta de dois dígitos há mais de três meses.
"De acordo com pesquisas do setor, apenas 2,9%das obras (no imobiliário residencial) permanecem paralisadas e cerca de 63 mil trabalhadores estão ativos nos canteiros de obras de todo país", afirmou a entidade.
O setor de construção civil é o que mais tem movimentado o mercado de capitais no país, com 13 de 24 empresas à espera de autorização para listagem de ações na bolsa de São Paulo, mesmo diante da crise provocada pela pandemia da Covid-19.