As vendas das grandes incorporadoras caíram 13,93% na primeira metade deste ano, em comparação com o mesmo período de 2015, aponta índice da Abrainc (associação do setor) feito em parceria com a Fipe.
Foram 49,8 mil unidades comercializadas no semestre, o pior resultado desde o começo da série histórica do indicador, iniciada em 2014.
No acumulado dos últimos 12 meses até junho, a retração foi de 15%.
O desempenho reflete a continuidade da crise econômica do setor, afirma o vice-presidente executivo da entidade, Renato Ventura.
"Apesar dos recentes sinais positivos, a liberação de crédito imobiliário ainda é um problema. Os bancos seguem com as torneiras pouco abertas, e os dados da poupança preocupam."
O segmento econômico, ligado ao Minha Casa, Minha Vida, mantém uma demanda mais aquecida que o restante do mercado, segundo ele.
No primeiro semestre, o financiamento com recursos do FGTS, voltado à habitação popular, subiu 1,3%.
Apesar de ainda não arriscar uma projeção sobre quando haverá uma retomada do setor, Ventura enxerga sinais de que um momento de inflexão estaria próximo.
"É um mercado historicamente cíclico, e as empresas fizeram ajustes importantes em seus lançamentos, o que tem equilibrado a oferta."
Na primeira metade deste ano, o número de novos imóveis continuou abaixo do índice de vendas, diz ele.