As vendas e os lançamentos de imóveis residenciais na cidade de São Paulo seguiram em alta em agosto, puxados pelo desempenho do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 2, pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP). Em agosto, 67% dos lançamentos e 59% das vendas foram de imóveis enquadrados no programa habitacional.
No total, as vendas de moradias novas em agosto cresceram 21,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado, chegando a 9,7 mil unidades.
Já as vendas acumuladas nos últimos 12 meses até agosto aumentaram 26% em relação aos 12 meses anteriores, totalizando 92,5 mil unidades — patamar recorde no setor.
As vendas de moradias enquadradas no MCMV subiram 39% no período acumulado, indo a 48,7 mil unidades. Já as vendas de residências de médio e alto padrões tiveram alta de 15%, para 43,9 mil unidades.
‘Velocidade’ recorde
A velocidade de vendas atingiu a marca de 15,3% em agosto. Ou seja, foram vendidos no mês 15,3% de todas as unidades lançadas e que constavam no estoque. No período de 12 meses, a velocidade de vendas atingiu a marca recorde de 61%.
A pesquisa do Secovi-SP mostrou ainda que os lançamentos tiveram um salto de 42% em agosto na comparação anual, para 9,0 mil unidades.
No acumulado em 12 meses, os lançamentos subiram 28%, para 90,8 mil unidades. Assim como nas vendas, os lançamentos foram puxados pelo MCMV. Os novos projetos lançados dentro do programa dispararam 88,6%, para 55,6 mil unidades. Nos outros mercados, os lançamentos recuaram 15%, para 35,3 mil unidades.
Estoque encolhido
Com mais vendas do que lançamentos, o estoque de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo encolheu 10,7% em um ano, chegando a 54,1 mil unidades em agosto. O levantamento considera apartamentos ainda na planta, em obras e os recém-entregues.
O estoque do MCMV é formado por 25,3 mil unidades, o equivalente a 47% do total. Nesse ritmo de vendas, o estoque seria esgotado em 6 meses se não houvesse novos projetos, estimou o Secovi. Nos demais mercados, o estoque soma 28,7 mil unidades, 53% do total, capaz de suportar oito meses de vendas.
Os projetos do MCMV deslancharam desde que as novas regras do programa passaram a valer, há cerca de um ano. Os ajustes proporcionaram aumento dos subsídios, corte nos juros dos financiamentos e ampliação do preço máximo dos imóveis elegíveis — que chegaram a R$ 350 mil —, o que favoreceu o enquadramento de mais projetos dentro do programa. Mais recentemente, houve corte de impostos para construtoras e atualização das faixas de renda dos beneficiários.