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01/06/2021

Vendas de imóveis em Goiânia e Aparecida cresce 41% no 1º trimestre de 2021

Segundo o presidente da Ademi, com esse novo aquecimento e com a alta no custo de construção, a tendência é que o aumento seja acima de 15% no ano

De acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o volume de financiamento imobiliário, no país aumentou 76% nos últimos meses, registrando alta de 112,8% no primeiro trimestre de 2021 em relação ao mesmo período de 2021. Os dados fazem parte da pesquisa trimestral divulgada pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), realizada pela Brain Inteligência Estratégica.

Conforme a pesquisa, neste primeiro trimestre, o setor registra um crescimento de 41% no comércio de imóveis novos, em Goiânia e Aparecida de Goiânia, diante do mesmo período de 2020.

De acordo com o presidente da Ademi, Fernando Coe Razuk, isso aconteceu principalmente porque os juros do financiamento imobiliário estão nos níveis mais baixos da história do país. “Nunca foi tão fácil e vantajoso comprar imóvel financiado. E a tendência é que os juros continuem baixos nos próximos anos”, afirma.

O mercado imobiliário registrou alta de 7% em novas unidades lançadas este ano em relação ao mesmo período de 2020. “Apesar do aumento no número de lançamento, as vendas continuam superando os lançamentos: foram 7.722 unidades lançadas e 9.077 unidades vendidas”, compara Razuk.

De acordo com a pesquisa, os Imóveis de 2 e de 3 quartos foram os mais vendido, isso porque 2 e 3 quartos estão presentes em empreendimentos de todos os padrões.

Segundo o Sócio consultor da Brain Inteligência Estratégica, Marcelo Luís Gonçalves, este movimento de aumento de compras também foi fortemente influenciado pelo advento da pandemia. “Como as pessoas foram obrigadas a permanecer mais em casa, elas perceberam a necessidade de mais conforto, mais qualidade de vida para ela e sua família, além da influência da baixa taxa de juros”, afirma.

Razuk afirma que nos últimos meses também houve uma valorização dos imóveis. “Do final do mês de dezembro de 2020 para o final de março de 2021, o preço médio das propriedades em Goiânia teve uma alta 4,3%, saindo de R$ 5.586 para R$ 5.827. A tendência é que os imóveis se valorizem entre 15% e 20% neste ano”, afirma.

Outros fatores, como o crescimento do agronegócio e das cidades do interior, têm impactado no mercado imobiliário. “Temos, então, a figura do goiano, que é poupador, e o retorno do investidor ao mercado, pois ao contrário dos rendimentos financeiros, que estão em baixa, o imóvel ainda é considerado um investimento seguro e certo”, explica o diretor de Pesquisas e Estatísticas da Ademi-GO, João Gabriel Tomé de Oliveira.

De acordo com Razuk, a alta do valor dos imóveis nos próximos meses é questão de necessidade. “O mercado vai se ajustando para equilibrar as contas e, portanto, os preços com certeza continuarão subindo nos próximos meses. Quem comprar agora ainda vai ganhar com a valorização imobiliária dos próximos meses”, afirma.

Foram financiados, em março de 2021, nas modalidades de aquisição e construção, 81,9 mil imóveis, resultado 61,9% superior ao de fevereiro e 218,7% superior ao resultado de março de 2020, de acordo com dados da Abecip. Neste caso, no entanto, não se pode ignorar os primeiros efeitos da pandemia do coronavírus.

De acordo com números da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a vendas de imóveis também cresceram 27,1%, em comparação ao primeiro trimestre do ano passado, para 53.185 unidades. Os lançamentos imobiliários seguiram o mesmo ritmo: cresceram 3,7% no primeiro trimestre, na comparação anual para 28.258 unidades.

Para este ano, a expectativa é que os lançamentos e as vendas de imóveis tenham um crescimento de 5% a 10%, segundo vice-presidente da Comissão da Indústria Imobiliária da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Celso Petrucci. Na avaliação do presidente da entidade, José Carlos Martins, há um “turbilhão”, na cadeia do setor, por causa das pressões de custos de materiais de construção.

FONTE: JORNAL DA MANHã