Goiânia - A venda de imóveis em Goiás cresceu 46% no primeiro semestre de 2018, em comparação ao mesmo período em 2017, enquanto no País, a média de crescimento foi de 22%. É o que aponta levantamento divulgado nesta quarta-feira (15/8) pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO). A pesquisa foi desenvolvida pela Bureau de Inteligência Corporativa (Brain), a pedido da associação, e apresenta o consolidado das informações de Goiânia e Aparecida de Goiânia de janeiro a junho deste ano.
Para o presidente da Ademi-GO, Roberto Elias, os números apontam uma perspectiva cada vez mais otimista do setor. “Os dados indicam que 2018 deve continuar sendo um excelente ano para a venda de imóveis, tendo em vista que 2017 já havia apresentado uma boa recuperação em relação a 2016. Além disso, os juros de financiamento imobiliário estão baixos, o que facilita a compra de imóveis”, explica.
Com a recuperação do mercado, houve um aumento expressivo na quantidade de lançamentos. Só no primeiro semestre deste ano, foram lançados 10 empreendimentos, que correspondem a 1.361 unidades. Tais empreendimentos já totalizam R$ 775 milhões de V.G.V (Valor Global de Vendas), enquanto durante todo o ano de 2017 os lançamentos corresponderam a R$ 975 milhões.
Mesmo com o significativo aumento no número de lançamentos, a pesquisa mostra que o estoque de unidades disponíveis para vendas vem diminuindo. Em junho de 2017, haviam 10.701 unidades disponíveis para venda, enquanto até junho de 2018, apenas 8.741 unidades estavam disponíveis, o que representa uma queda de 18% no estoque. Para o vice-presidente da Ademi-GO, Fernando Razuk, essa queda deve apresentar reflexos nos próximos meses. “Com a baixa oferta de imóveis e com as vendas aquecidas em meio a uma alta demanda, acreditamos que os imóveis devem voltar a se valorizar mais fortemente nos próximos meses”, afirma.
O V.S.O (Vendas Sobre Oferta), indicador que traduz o aquecimento do mercado a partir do cálculo da velocidade de venda dos imóveis, tem se mantido acima dos 6%. Em 2017, esse índice girou em torno de 4%. Os distratos, por sua vez, continuam prejudicando as operações das incorporadoras. Em apenas um semestre, foram 1.111 compromissos de compra e venda distratados.
Ainda assim, as perspectivas para o mercado imobiliário em Goiás são positivas. De acordo com Razuk, o consumidor está recuperando sua confiança na economia. “O imóvel voltou a ser uma excelente alternativa de investimento seguro, já que as aplicações financeiras de baixo risco têm rendido pouco e ativos financeiros de risco estão muito volúveis em função do momento político”, arremata.