O mercado imobiliário residencial na cidade de São Paulo teve um salto nos lançamentos e nas vendas em outubro, apresentando os números mais altos do ano, a despeito das turbulências causadas pelo período eleitoral, de acordo com dados do Sindicato da Habitação (Secovi-SP).
Foram lançadas 4.694 unidades em outubro, resultado 116% superior ao de setembro e 108% acima do registrado em outubro do ano passado. No acumulado de 2018, os lançamentos totalizaram 18 974 unidades, 25,8% acima de um ano antes.
Por sua vez, as vendas somaram 2.815 unidades em outubro, 44,9% maior que 42,1% superior a outubro do ano passado. E no acumulado de 2018, foram vendidas 20.882 unidades, um aumento de 41,2% em comparação ao mesmo período de 2017.
A capital paulista encerrou o mês de outubro com um estoque de 18.293 unidades residenciais disponíveis para venda, considerando imóveis na planta, em obras e recém-construídos. Esta oferta é 2,8% menor do que em outubro do ano passado, quando estava em 18.817 unidades.
O forte crescimento dos lançamentos e das vendas em outubro surpreendeu o Secovi-SP. "O desempenho foi expressivo para um mês em que tivemos dois turnos de eleições, o que, em tese, impactaria as visitas nos plantões de venda", observou o economista-chefe do sindicato, Celso Petrucci.
Na sua avaliação, o desempenho de vendas poderia ser ainda melhor não fosse a falta temporária dos recursos do FGTS destinados ao programa Minha Casa Minha Vida, que hoje responde pela maior parte dos negócios do mercado imobiliário nacional.
Boa parte da explicação para o avanço mais robusto do setor está relacionada à melhora das expectativas de empresários e consumidores, conforme avaliação do presidente do Secovi-SP, Flávio Amary. "Os indicadores econômicos estão positivos", disse, citando a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na ordem de 2,5% em 2019, com inflação controlada, em patamares abaixo de 4,5% ao ano e Selic abaixo de 8% ao ano.