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19/01/2023

Vendas líquidas da MRV&Co; caem 14% no 4º tri e lançamentos sobem 7% (Valor Econômico)

Empresa atingiu R$ 3,48 bilhões em lançamentos entre outubro e dezembro, aumento de 7,3% ante o mesmo período de 2021, e 92,8% mais do que no terceiro trimestre do ano passado

A MRV&Co, holding que abrange a atuação da MRV no segmento econômico e de média renda, além das subsidiárias Resia, com operação nos Estados Unidos, e Luggo e Urba, de prédios para locação e loteamentos, divulgou há pouco sua prévia operacional do quarto trimestre.

A empresa atingiu R$ 3,48 bilhões em lançamentos entre outubro e dezembro, aumento de 7,3% ante o mesmo período de 2021, e 92,8% mais do que no terceiro trimestre do ano passado.

 

As vendas líquidas da holding somaram R$ 2 bilhões, recuo de 14,2% ante o quarto trimestre de 2021, mas crescimento de 40,8% ante o trimestre anterior.

Ao considerar apenas os dados da incorporação nacional, com projetos do Casa Verde e Amarela e no SBPE, o volume de lançamentos ficou em R$ 2,76 bilhões, alta anual de 29,2%, e as vendas atingiram R$ 1,48 bilhão, pequena variação positiva de 1% sobre o quarto trimestre de 2021.

 

O banco de terrenos da holding terminou o ano valendo R$ 75,5 bilhões em valor geral de venda (VGV), alta anual de 3,5%.

Houve queima de caixa de R$ 539,5 milhões no quarto trimestre. O preço médio das unidades de incorporação da MRV cresceu 22,7% sobre o último trimestre de 2021, para R$ 208 mil.

2022 e perspectivas

 

No acumulado do ano, a MRV&Co registrou uma queima de caixa de $ 2,2 bilhões, volume quatro vezes maior do que a queima registrada em 2021.

Rafael Menin, copresidente da companhia, afirma que essa é a métrica mais importante da empresa, e que a recuperação gradual da margem bruta dos projetos, via aumento do preço das unidades e a entrega das safras mais antigas de empreendimentos, deve sanar a queima em 2023. “Temos que ter geração de caixa em patamar diferente do ano passado“, diz. “A MRV sempre foi empresa geradora de caixa e com alavancagem baixa”.

 

Ele afirma que o reajuste do preço das unidades deve continuar neste ano, mas em patamar mais baixo. A estabilização do custo da construção também ajuda na recuperação das margens, que serão divulgadas no balanço do trimestre.

Em todo o ano de 2022, a MRV&Co reportou R$ 9,1 bilhões em VGV de lançamentos, queda de 3,1% sobre 2021. As vendas líquidas somaram R$ 7,9 bilhões, redução de 2,8%.

Na área de incorporação nacional, os distratos foram 3,9% das vendas brutas, queda ante os 7,3% de 2021.

 

Menin afirma também que as subsidiárias da holding, Luggo, Urba e Resia, não vão receber mais injeção de recursos para alavancar seus crescimentos nos próximos dois anos, o que deve significar uma evolução mais lenta. “O crescimento virá do lucro delas”, afirma.

A holding tem hoje estoque suficiente para 14 meses de venda, e a expectativa do executivo é que esse total baixe para 10 ou 11 meses em 2023. “Os lançamentos devem crescer menos do que as vendas”, diz.

 

A MRV&Co já quis ser uma companhia que lança 70 mil unidades por ano e chegou a bater mais de 50 mil em 2020, mas o patamar caiu para 36 mil imóveis no ano passado. A nova missão da empresa é alcançar 40 mil unidades lançadas em 2023, segundo Menin.

 

Matéria publicada em 18/01/2023 

FONTE: VALOR ECONôMICO