Pressionados por apertos nas contas após a pandemia do novo coronavírus, famílias e empresas quase triplicaram o volume de pedidos de crédito com garantia em imóvel próprio em abril, na comparação com março, aponta levantamento da plataforma Credihome.
Segundo a empresa, em fevereiro e em março, foram solicitados, em média, R$ 2 milhões em contratos de empréstimo. Já em abril, um mês após as primeiras medidas de isolamento social para conter a expansão da covid-19, esse volume de crédito solicitado subiu para R$ 5,3 milhões, segundo a Credihome.
A modalidade também é conhecida como hipoteca ou home equity e cobra juros mais baixos do que outras linhas de crédito, a partir de 1,25% ao mês, justamente pela oferta de imóvel como garantia – via de regra, o empréstimo deve ser de até 50% do valor do imóvel oferecido em garantia. O crédito pode ser usado para qualquer finalidade, inclusive para pagar dívidas com juros maiores.
“As linhas dos principais bancos seguem ativas, mas podem sofrer alterações devido a algumas consequências da atual crise, como aumento de desemprego, diminuição da renda e uma maior inadimplência. Por isso, houve uma antecipação das pessoas para garantir crédito o quanto antes”, explica Bruno Gama, CEO da Credihome, sobre o aumento nos pedidos no último mês.
Dados da empresa mostram que em março, já havia sido registrado um aumento de 20% nas simulações de pedidos de crédito, de 3.903 pedidos em fevereiro para 4.674 em março. Depois, a partir do mês passado, esse aumento se refletiu em solicitações formais.
A empresa também está oferecendo carência de três meses nos financiamentos, “buscando atender quem terá a renda afetada neste período mais crítico”. No mesmo período de 90 dias, as operações da modalidade da Credihome também serão isentas de IOF (imposto sobre operações financeiras)