Notícias

15/07/2024

Vórtx QR faz 1ª ‘tokenização’ de CRI no ‘sandbox’ (Valor Econômico)

Tokens serão utilizados para financiar a construção de duas torres residenciais da incorporadora Haute Participações em Teresina, Piauí

A Vórtx QR fez a primeira “tokenização” de um certificado de recebíveis imobiliários (CRI) dentro das regras do “sandbox” regulatório da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Os tokens, no total de R$ 54 milhões, serão utilizados para financiar a construção de duas torres residenciais da incorporadora Haute Participações, em Teresina, no Piauí. Também participaram da operação a securitizadora Leverage e as gestoras Paramis Capital, Trinus e TG Core Asset.

 

Os tokens têm vencimento em 2028 e pagarão juros anuais equivalentes a IPCA mais 13%. Apesar de ter autorização para distribuir os tokens para investidores qualificados, a Vórtx QR deve levar o produto apenas para fundos imobiliários que carregam CRI em carteira.

Segundo Alexandre Assolini, presidente do conselho do grupo Vórtx, houve boa aceitação para os tokens e a demanda já é suficiente para concluir a colocação. Para ele, a tokenização de CRI traz um avanço significativo no mercado financeiro brasileiro, com a ampliação do acesso a investimentos e funding para o setor imobiliário. “A tokenização do CRI representa uma oportunidade para democratizar o acesso aos investimentos imobiliários.”

 

A Leverage responde pela securitização dos títulos, enquanto a coordenação e distribuição são conduzidas pela Vórtx DTVM. A Paramis atua como coestruturadora do CRI, assim como a Trinus, que também será responsável pela diligência de pagamentos e acompanhamento da obra. A VX Pavarini é o agente fiduciário e custodiante.

Segundo Francesco Marcier, sócio da Paramis, o CRI será o primeiro digitalizado e ofertado com a base na tecnologia blockchain, com negociações no mercado secundário por balcão organizado.

 

Para Diego Siqueira, CEO da Trinus, a inovação é inclusiva por abrir espaço para incorporadoras regionais de menor porte, que estão fora do alcance do mercado de capitais. Ele afirma que a tecnologia traz mais segurança e transparência, oferecendo aos investidores uma forma mais acessível e eficiente de negociar e gerenciar investimentos imobiliários.

FONTE: VALOR ECONôMICO